O designer Philippe Starck, na sexta-feira (14/04), deu uma entrevista a uma emissora de rádio e disse que trabalha em um projeto ‘revolucionário’ com a Apple que será lançado no fim do ano. Não fique entusiasmado, com a Apple, é difícil achar um produto que não seja ‘revolucionário’, já que a empresa aplicou o termo em mais de 30 produtos e recursos.
Não é difícil perceber o porquê: a própria Apple cria revoluções e as lidera. O clichê de relações públicas da empresa a descreve como uma fonte de combustão revolucionária e provocativa: “Apple iniciou a revolução do computador pessoal com o Apple II…” e “lidera a revolução da música digital”.
E se isso não fosse suficiente para frustrar qualquer expectativa, Starck reviu sua alegação. Na entrevista com a France Info, ele caracterizou o projeto como “bastante, se não muito revolucionário”.
Bastante revolucionário? Na Apple, esse é o tipo de frase reservada para os piores fracassos da empresa, como o mouse circular de 2008 ou seu console de jogos 1996 Pippin. Mas ainda há a possibilidade do “muito revolucionário”. Então cruze os dedos.
Para tentar adivinhar o produto em que Starck trabalha, levantamos uma série de boatos que apontam quais dispositivos podem ser lançados em breve.
Eis a lista com as sete possibilidades:
- Apple Television: talvez Starck esteja responsável pelo design da televisão da Apple, que não deve ser confundida com o set-top Box Apple TV. O fato das pessoas especularem sobre uma televisão é estranho, já que uma TV é cara e não é trocada periodicamente – diferentemente dos populares iPhone e iPad. Como resultado, vender TVs não parece um bom negócio, pelo menos quando comparado com o mercado em que a Apple está atualmente ativa. Mas eles podem ser pensados como navegadores da casa, o que tem lógica, já que cada vez mais empresas tentam colocar navegadores em TVs. Isso dito, os aparelhos são conteúdo final e há valor em controla-los, pelo menos por razões de defesa. Dominar as telas funciona para a Apple em seus dispositivos iOS e OS X. Essa TV pode ser 3D;
- Dock sem fio: a empresa briga com fios há anos. Logo devemos ter uma dock de carregamento sem fio para dispositivos iOS e OS X. Talvez por ser um periférico pequeno demais, nem mereça o envolvimento de Starck, mas o pensamento da Apple relacionado a projetos é que detalhes nunca são pequenos;
- iPhone 5: pode ser que a Apple esteja atrás de Starck para dar ao iPhone 5 uma aparência inovadora. Há notícias de uma tela de vidro curvada, o tipo exato de desafio para um talentoso designer. Ou Starck pode estar envolvido na criação de gabinetes click-on – cases para servir como o exterior do iPhone e não somente invólucros de proteção;
- Audio Dock: a companhia já lançou uma unidade de áudio, o iPod Hi-Fi em 2006. Starck pode ajudar numa nova tentativa da Apple. Apesar de o nicho de áudio ser deixado para parceiros periféricos da empresa de Steve Jobs , essa concepção é algo que a gigante de hardware deveria revisar, se deseja ter um componente de áudio que e integre com TVs e dispositivos iOS e OS X.
- iGlasses: o Google não é o único que trabalha em óculos de realidade aumentada. A Apple apresentou a patente “Head Mounted Display System” em 2008. Se as pessoas pagariam centenas de dólares em duas lentes de vidros e alguns fios (custo do material de US$5?), imagine quanto gastariam em um iGlasses projetado por Philippe Starck.
- Novo Mac Pro: o reprojeto do Mac Pro provavelmente não é o projeto ideal para Starck. O dispositivo não tem orientação ao consumidor, mas precisa de atenção de um design e os profissionais gráficos desejam uma versão atualizada.
- Termostáto da Apple: desculpe, Philippe, você chegou tarde demais, esse dispositivo já existe. Foi feito por ex-engenheiros e é chamado de Nest. Com ele, a Apple deve se comprometer com o mercado doméstico.
FONTE: IT WEB